O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) tem papel central na definição da taxa básica de juros, a Selic, que impacta diretamente a economia brasileira.
A cada reunião, o Copom avalia fatores como crescimento econômico, inflação e cenário fiscal para definir a Selic, buscando estabilizar preços e sustentar a economia.
Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano, mas o mercado projeta um novo aumento, que pode levar a taxa para 11,75% até o fim de 2024.
Por que o Mercado Espera Novas Altas na Selic?
A expectativa de novas altas na Selic é resultado de múltiplos fatores. A incerteza fiscal é uma das principais causas, pois o mercado teme que o governo não consiga cumprir suas metas de corte de despesas.
Além disso, a economia aquecida, com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e baixa taxa de desemprego, gera uma pressão inflacionária adicional.
Em resposta, o Copom pode optar por manter a política monetária restritiva, aumentando a Selic para controlar a inflação.
Cenário Internacional e Impacto no Brasil
O contexto global também influencia a decisão do Copom. Nos Estados Unidos, a alta nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) leva investidores a priorizarem títulos americanos, afetando o câmbio e aumentando o dólar no Brasil, o que também pressiona a inflação.
As eleições norte-americanas adicionam um risco extra, pois uma possível agenda expansionista de candidatos como Donald Trump pode intensificar esses efeitos.
Expectativas para o Próximo Comunicado do Copom
Economistas acreditam que o próximo comunicado do Copom será cauteloso, destacando as incertezas tanto internas quanto externas.
Embora o BC evite compromissos rígidos, declarações podem sinalizar o direcionamento da política monetária nos próximos meses.
Assim, o Copom continuará monitorando os fatores econômicos, sempre buscando equilíbrio entre crescimento e controle inflacionário.