A Caixa Econômica Federal anuncia mudanças significativas em seu sistema de financiamento imobiliário a partir de novembro, em resposta a um cenário de escassez de recursos. Até setembro, a instituição já utilizou 85% de seu orçamento de R$ 75 bilhões, com gastos totalizando R$ 63,5 bilhões, restando apenas R$ 11,5 bilhões para novos contratos até o fim do ano.
A partir do próximo mês, a Caixa limitará o financiamento a imóveis com valor máximo de R$ 1,5 milhão. Além disso, os percentuais de financiamento sofrerão cortes. Na tabela SAC, a cobertura passará de 80% para 70%, enquanto no sistema Price, a redução será de 70% para 50%.
Marcos Brasiliano Rosa, vice-presidente de Finanças e Controladoria, admitiu falhas na comunicação nas agências, destacando que as mudanças visam não apenas manter a taxa de juros, mas também atender à crescente demanda por crédito. Entretanto, essa reestruturação gerou preocupações entre os clientes, que têm enfrentado dificuldades para finalizar contratos. Muitas agências têm informado sobre a falta de recursos, mesmo após a confirmação das taxas de juros.
A situação é ainda mais complicada devido ao aumento das exigências de serviços adicionais para a continuidade dos financiamentos. Clientes que já pagaram por esses serviços não terão direito a reembolso, gerando apreensão sobre as novas regras que entrarão em vigor.
Rosa também mencionou que pode haver desinformação entre os correspondentes bancários. Ele enfatizou que a Caixa não comercializa serviços, mas exige avaliações no momento da assinatura dos contratos. As novas diretrizes refletem um momento de ajustes na política de crédito da instituição.