A escala 6×1, em que os trabalhadores atuam seis dias seguidos e descansam apenas um, ainda é comum em muitos países, mas tem sido questionada devido aos seus efeitos negativos na saúde e na qualidade de vida.
Governos e empresas buscam alternativas mais equilibradas, e em alguns países, essa escala já foi considerada ilegal.
Escala 6×1 no Brasil: Um Modelo em Debate
No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) permite a escala 6×1, sendo uma prática frequente em setores como comércio e serviços essenciais.
No entanto, preocupações com a saúde dos trabalhadores estão impulsionando mudanças legislativas.
Recentemente, a deputada Erika Hilton propôs uma reforma que visa extinguir a escala 6×1, promovendo uma distribuição mais justa de dias de trabalho e descanso.
Paralelamente, movimentos como o VAT defendem a jornada 4×3, que consiste em quatro dias de trabalho e três de descanso, para melhorar o bem-estar dos trabalhadores.
Países Nórdicos: Exemplo de Jornadas Equilibradas
Países como Noruega, Suécia, Dinamarca e Finlândia são referências em legislação trabalhista que prioriza a qualidade de vida.
Na Noruega, por exemplo, a lei exige ao menos 35 horas consecutivas de descanso semanal, o que torna a escala 6×1 inviável.
Esses países valorizam o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, o que se traduz em produtividade e saúde mental para os trabalhadores.
Inovações na Islândia e Nova Zelândia
A Islândia e a Nova Zelândia vêm experimentando jornadas reduzidas com resultados positivos.
Na Islândia, uma semana de trabalho de quatro dias sem redução de salário aumentou a satisfação dos trabalhadores e manteve a produtividade.
Na Nova Zelândia, iniciativas semelhantes têm mostrado que jornadas mais curtas podem elevar tanto o bem-estar quanto a eficiência.