Na Alemanha, ter um cachorro vai além dos cuidados básicos com alimentação e saúde: é necessário pagar impostos. Essa prática, que inclui todos os cães, torna-se ainda mais onerosa para raças consideradas perigosas ou para quem possui mais de um animal.
Quanto custa manter um cão?
Em Berlim, a taxa anual por um cachorro é de 120 euros (cerca de R$ 740). Para quem tem dois cães, o valor sobe para 180 euros (aproximadamente R$ 1.100).
Se o animal for de uma raça classificada como perigosa, como bull terrier ou fila brasileiro, a cobrança pode ultrapassar 600 euros (R$ 3.700) em algumas cidades, como Hamburgo.
Além disso, todos os cães precisam ser registrados e identificados com um chip, ao custo de 17,50 euros (cerca de R$ 108). O não cumprimento dessas regras pode resultar em multas de até 10 mil euros (R$ 62 mil).
Por que o imposto existe?
A justificativa principal é a saúde pública e o controle dos animais. O imposto financia a limpeza de espaços públicos, a fiscalização sobre o porte de cães e medidas para evitar o abandono. Em Berlim, por exemplo, o número de cães vadios é praticamente inexistente.
Outro ponto é a exigência de seguro para raças perigosas, cobrindo eventuais danos causados pelos animais.
Um sistema que funciona
A Alemanha apresenta uma estrutura sólida para donos de cães, com latas de lixo específicas, saquinhos para recolher fezes e áreas destinadas ao lazer dos pets. Andar com o cão sem guia só é permitido após a realização de um curso de treinamento.
Enquanto cães são tributados, os gatos, curiosamente, estão isentos dessa cobrança. A medida pode parecer rígida, mas reflete a organização do país em questões de saúde e bem-estar animal.