A ideia de comprar uma estrela soa romântica e até poética, mas, na prática, não passa de um mito. Apesar do que algumas empresas sugerem, não é possível ser dono de uma estrela no céu.
O Espaço Não Tem Proprietários
Para que algo seja vendido, alguém precisa ser proprietário. No entanto, no espaço, ninguém pode reivindicar a posse de estrelas ou outros corpos celestes. Essa impossibilidade é amparada por tratados internacionais, como o Tratado do Espaço Exterior de 1967, que impede a apropriação do espaço por qualquer nação ou entidade.
Certificados de Nomeação
Empresas que prometem “vender” estrelas na verdade fornecem certificados de nomeação. Por preços que variam entre US$ 60 e US$ 300 (cerca de R$ 320 a R$ 1.600), você pode batizar uma estrela com o nome que desejar. Contudo, esses documentos não têm valor legal, oficial ou científico.
A União Internacional Astronômica (IAU) é o único órgão responsável por nomear corpos celestes. Suas regras seguem critérios técnicos, geralmente associando os nomes das estrelas às constelações ou utilizando combinações alfanuméricas.
É Golpe?
Não exatamente. Essas empresas não prometem propriedade, apenas a criação de um registro simbólico. Porém, muitas pessoas se sentem enganadas ao descobrir que a “sua estrela” já possui um nome oficial atribuído pela IAU.
Ao final, o ato de “comprar” uma estrela é mais uma estratégia de marketing do que uma aquisição real. Se quiser presentear alguém com algo especial, talvez olhar juntos para o céu estrelado seja muito mais autêntico — e gratuito.