O Banco Central do Brasil anunciou em junho de 2024 a retirada de circulação das primeiras cédulas do real, aquelas emitidas no início da moeda, em 1994. A medida afeta a chamada “primeira família do real”, com o objetivo de substituí-las por notas mais novas e em melhor estado de conservação. As instituições financeiras já receberam orientações para recolher essas cédulas.
Apesar dessa mudança, as notas antigas permanecem válidas e podem ser usadas normalmente nas transações diárias. O Banco Central justificou a decisão pela deterioração física das cédulas, o que compromete a logística de circulação e, em alguns casos, a segurança nas transações, já que cédulas desgastadas dificultam a identificação por equipamentos e pela população.
Atualmente, as cédulas da primeira família representam cerca de 3% do total de dinheiro em circulação no Brasil. Introduzidas em 1994, essas notas foram gradualmente substituídas pela segunda família a partir de 2010. A série mais recente inclui as notas de R$ 50 e R$ 100, e culminou com o lançamento da nota de R$ 200, em 2020.
Embora a retirada das cédulas antigas diminua sua circulação, elas ganham valor no mercado de colecionadores. Especialmente as de R$ 1, que são procuradas por sua raridade, as cédulas em bom estado, sem dobras ou manchas, têm se tornado peças de interesse. Além disso, cédulas com assinaturas de ex-ministros, como Ciro Gomes e Pedro Malan, são ainda mais cobiçadas.
A medida do Banco Central pode resultar em uma valorização das primeiras cédulas do real, tornando-as um investimento atraente para quem as possui.