O aumento significativo no número de beneficiários unipessoais do Bolsa Família tem gerado preocupações entre aqueles que moram sozinhos. Desde a pandemia, esse grupo cresceu de 2,2 milhões em 2021 para 5,8 milhões em 2022, antes de cair para 4,057 milhões em 2023. A disparidade em relação à média nacional de 18,9% levantou suspeitas sobre possíveis irregularidades, levando o governo a reforçar os controles.
A principal medida para revisar os cadastros é o pente-fino, com auditorias, visitas domiciliares e cruzamento de dados, especialmente em municípios onde o número de unipessoais é muito superior à média, como em Pau Brasil (BA), onde 60% dos beneficiários se declaram sozinhos. O objetivo é evitar fraudes, como casais que se registram como indivíduos para obter dois benefícios.
Apesar das especulações, ainda não há confirmação de que o governo irá cancelar os benefícios de unipessoais em 2025. Porém, as autoridades estão atentas às irregularidades para garantir que os recursos cheguem a quem realmente precisa.
Para evitar o bloqueio ou cancelamento do benefício, é fundamental que os beneficiários mantenham o cadastro no CadÚnico atualizado, informem mudanças na composição familiar ou na situação econômica e cumpram as condicionalidades do programa, como o acompanhamento de saúde e a educação das crianças. A transparência e o cumprimento das regras são essenciais para garantir a continuidade do Bolsa Família.
Quem mora sozinho deve ficar atento aos comunicados do governo e garantir que todas as informações estejam corretas, para não correr o risco de perder o benefício em 2025.