O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou alterações significativas no contrato de duplicação da BR 101, que promete reformular a forma como o pedágio é cobrado. Com a assinatura do novo acordo prevista para 2025, as mudanças trazem medidas inovadoras que pretendem beneficiar tanto motociclistas quanto motoristas frequentes. Entre as novidades, destacam-se a isenção de pedágio para motocicletas e um sistema de descontos progressivos para usuários frequentes de veículos leves.
Essas iniciativas fazem parte de um esforço para modernizar as concessões rodoviárias e tornar o uso das estradas mais eficiente e econômico para os usuários. Além das inovações financeiras, o contrato também estabelece um regime de tarifas que se baseia no tipo de pista utilizada, o que pretende ajustar os custos proporcionalmente à infraestrutura disponível.
Como funciona a isenção de pedágio para motocicletas?
No novo acordo, uma das principais medidas tomadas foi a isenção total de pedágio para motocicletas na BR 101. Atualmente, os motociclistas pagam metade do valor da tarifa em cada praça de pedágio. No entanto, com o novo contrato, os motociclistas não precisarão mais arcar com esse custo. Essa medida se alinha a práticas adotadas em contratos mais recentes, que já contemplam essa isenção na política tarifária.
Essa mudança não apenas alivia o custo para os motociclistas, mas também incentiva o uso de motocicletas, que são veículos menores e causam menos desgaste nas rodovias. A isenção de pedágio é uma resposta às demandas crescentes dos motociclistas por um tratamento mais equitativo ao utilizar as estradas.
Quais são os descontos para motoristas frequentes?
O novo contrato também introduz um sistema de descontos progressivos para motoristas que utilizam a rodovia com frequência. A partir da quinta passagem no mesmo mês, os motoristas começarão a acumular descontos que aumentam progressivamente a cada nova passagem. Este desconto começa em 5% sobre o valor da última tarifa paga, e pode chegar até 90% de economia ao final do mês, conforme o número de viagens realizadas.
Para usufruir desse benefício, os motoristas devem instalar um adesivo eletrônico (TAG) no veículo, que permite o controle automatizado das passagens. Esse sistema não apenas reduz os custos para usuários frequentes, mas também promove a adesão a tecnologia que facilita o fluxo no pagamento de pedágio.
Quais são as tarifas diferenciadas por tipo de pista?
O contrato prevê ainda tarifas diferenciadas dependendo se a pista é simples ou duplicada. Esta medida visa implementar uma cobrança mais justa, proporcional à infraestrutura que está sendo utilizada pelos motoristas. Tarifas mais baixas em pistas simples podem incentivar melhorias na sua infraestrutura, aumentando a segurança e a eficiência no trânsito.
No entanto, é importante destacar que essas tarifas diferenciadas só serão aplicadas após a conclusão das obras de duplicação, garantindo que os usuários estejam pagando por um serviço condizente com as condições da pista. O reajuste das tarifas também está vinculado ao cumprimento de 90% das obras previstas, especialmente nos três primeiros anos, assegurando que as melhorias prometidas sejam entregues conforme o planejado.
Impactos e benefícios para os usuários
As mudanças no contrato da BR 101 representam um avanço significativo na gestão de rodovias, trazendo benefícios claros para os usuários. Os maiores impactos incluem uma economia direta para motociclistas e motoristas frequentes, além de uma cobrança de pedágio mais justa e ajustada à infraestrutura disponível. A implementação dessas medidas não apenas melhora a experiência dos usuários, mas também pode incentivar uma maior utilização e manutenção mais eficiente das rodovias.