O Itaú Unibanco acusa seu ex-diretor financeiro, Alexsandro Broedel, de desviar R$ 10,5 milhões em benefício próprio, violando políticas internas e a legislação vigente. Segundo a instituição, entre 2019 e 2024, Broedel teria aprovado pagamentos irregulares a um fornecedor com quem mantinha relação comercial indireta.
A denúncia foi formalizada em uma ata de assembleia extraordinária, publicada em 5 de dezembro de 2024, e comunicada ao Banco Central e aos auditores independentes da PricewaterhouseCoopers. O Itaú afirma que ajuizou medidas legais contra Broedel e outros envolvidos, buscando ressarcimento e penalidades judiciais.
Suposto Esquema
O banco alega que Broedel, enquanto CFO, contratava serviços de consultoria de uma empresa ligada ao consultor Eliseu Martins. Parte do valor pago era repassada a outra empresa, de propriedade de Martins e seus filhos, que por fim transferia recursos a Broedel. Esse esquema teria gerado cerca de R$ 4,8 milhões para o ex-diretor ao longo de cinco anos.
Broedel já havia deixado o Itaú em julho de 2024 e foi anunciado como futuro diretor de contabilidade global do Santander. Não há informações sobre a manutenção dessa contratação diante das acusações.
Defesa do Ex-Diretor
Por meio de sua assessoria, Broedel nega as acusações, argumentando que sempre agiu de forma ética e transparente durante seus 12 anos no Itaú. Ele destaca que os serviços contratados eram de conhecimento do banco e foram requeridos por diversas áreas. Broedel também questiona o momento das denúncias, logo após sua saída para assumir uma posição em um concorrente.
O Itaú declara que os desvios não causaram impacto financeiro significativo e reafirma sua postura rigorosa contra qualquer violação ética. A instituição enfatiza que o caso foi isolado e não comprometeu a lisura de seus balanços financeiros.