O Brasil acaba de descobrir uma das maiores reservas de terras raras do mundo, posicionando o país como um novo protagonista no mercado global de tecnologias sustentáveis. Com a terceira maior reserva global, localizada em áreas como Araxá, Morro do Ferro e Poços de Caldas, o Brasil possui concentrações elevadas de neodímio e cério, minerais essenciais para baterias e ímãs de alta potência, fundamentais para carros elétricos e turbinas eólicas.
Essas terras raras são 625 vezes mais lucrativas que o minério de ferro. O óxido de neodímio, por exemplo, pode alcançar US$ 75.000 por tonelada, comparado aos US$ 120 por tonelada do ferro. Essa diferença pode gerar bilhões de dólares em lucros e aumentar consideravelmente o PIB do país. O projeto “Caldeira”, em Poços de Caldas, já está atraindo investimentos de R$ 1,5 bilhão e promete a criação de centenas de empregos diretos e milhares indiretos.
Além de movimentar a economia, as terras raras são cruciais para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. O Brasil, ao fornecer esses materiais, pode se consolidar como líder no fornecimento de componentes para energias renováveis, atendendo à crescente demanda global.
No entanto, para explorar essas reservas de maneira eficaz, o país enfrentará desafios. Será necessário investir em infraestrutura, tecnologia de ponta e garantir que a exploração seja sustentável para evitar impactos ambientais.
Essa descoberta coloca o Brasil em uma posição única para competir no mercado global, com potencial para reduzir sua dependência de commodities tradicionais e fortalecer sua economia a longo prazo.