A fusão entre as gigantes aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) está ganhando atenção no mercado financeiro, e a análise de especialistas aponta para uma operação que pode gerar grandes sinergias. A avaliação do Bradesco BBI sugere que a fusão pode criar uma empresa mais eficiente, com ganhos tanto em receitas quanto em redução de custos, embora com algumas imposições regulatórias.
Sinergias e Potencial de Valorização
O Bradesco BBI estima que a fusão poderá gerar cerca de R$ 1,90 por ação da Azul, com sinergias representando 6% das receitas combinadas das empresas. A controladora da Gol, a Abra, ficaria com 31% das ações da nova companhia, enquanto os acionistas atuais da Azul teriam 7%. O restante das ações seria negociado no mercado.
Apesar das expectativas positivas, a operação ainda precisa passar pela análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o que pode levar entre seis e nove meses. O Cade provavelmente aprovará a fusão, mas com medidas restritivas relacionadas à concentração de slots no aeroporto de Congonhas.
Oportunidades e Desafios
O Goldman Sachs vê a fusão de Azul e Gol como uma oportunidade estratégica para criar uma companhia aérea com uma escala muito maior, o que proporcionaria um melhor poder de precificação e otimização das rotas.
No entanto, a falta de detalhes concretos sobre a estrutura da fusão impede uma avaliação precisa das sinergias e do impacto para os acionistas. A análise do banco indica que a Abra e a Azul deverão ter a maior parte das ações da nova empresa, o que lhes daria o controle sobre a nomeação de boa parte do conselho administrativo.