Enquanto o Pix se consolida como o método de pagamento preferido entre as pessoas físicas no Brasil, o cenário corporativo segue outra tendência. Uma recente pesquisa revela que o boleto bancário prevalece como o método de pagamento predominante para 65% das empresas. Esse contrasta com a utilização do Pix por 33% das corporações, e o cartão de crédito, que soma apenas 2% das preferências.
O estudo, conduzido pela empresa de tecnologia Qive em parceria com a Endeavor e intitulado “Panorama de Gestão Fiscal e Financeira 2025”, destaca ainda o elevado volume de transações que as empresas realizam mensalmente. Uma parte significativa delas, 41%, faz entre 101 e 500 pagamentos, enquanto 35% ultrapassam as 500 transações.
Por que o Boleto Bancário é Preferido?
A escolha do boleto bancário pelas empresas está diretamente ligada a fatores de segurança e compatibilidade. Os boletos oferecem comprovantes padronizados e rastreáveis, um aspecto crucial para as empresas de grande porte que lidam com um alto volume de transações. Esse método também possibilita múltiplas aprovações, um procedimento que mitiga riscos e proporciona mais tempo para efetuar pagamentos.
Outro fator contribuinte é a falta de integração completa de muitos sistemas de gestão empresarial, ou ERPs, com o Pix. Isso torna o boleto uma opção mais compatível e confiável no contexto atual. Dados corroboram essa preferência: em 2023, R$ 5,8 trilhões foram movimentados via boletos, segundo a Febraban.
Como Empresas Lidam com Desafios Fiscais?
Os obstáculos fiscais são um dos principais desafios enfrentados pelas companhias no Brasil, com 43% reportando multas fiscais. No Nordeste, esse número é ainda mais alto, chegando a 53%, devido à complexidade das legislações estaduais e ao menor acesso a tecnologias de automação. Essa situação aumenta a necessidade de uma área bem preparada para identificar pagamentos.
Para mitigar esses desafios, muitas empresas estão apostando na tecnologia como uma aliada estratégica. Automação de processos, capacitação de equipes e a construção de processos mais eficientes são vistos como caminhos para o crescimento sustentável.