O governo brasileiro, com integrantes próximos ao conselho de administração da Petrobras, está avaliando meticulosamente a questão dos preços dos combustíveis. A decisão sobre reajustes nos valores parece poder ser adiada, desde que a política de preços atual, baseada no custo interno de produção dos derivados, continue nos parâmetros estabelecidos. Recentes desempenhos econômicos favoráveis, como a estabilização do câmbio e a contenção dos preços do Brent, sustentam a manutenção dos preços atuais.
A próxima reunião do conselho de administração da Petrobras, prevista para o fim de janeiro de 2024, será crucial. O diretor de logística, comercialização e mercados, Claudio Schlosser, planeja apresentar dados que reforcem a sustentabilidade dos preços praticados nas refinarias. É importante recordar que a decisão final sobre ajustes cabe à diretoria executiva da empresa, o que mantém aberta a possibilidade de mudanças iminentes nos valores dos combustíveis.
Qual é o Impacto da Política de Preços Atual?
Desde a implementação da nova política de preços, a Petrobras tem buscado navegar entre sustentação econômica e resposta às variações do mercado internacional. Embora pressões externas, como a flutuação do câmbio e o aumento do preço do petróleo, influenciem as operações, elas continuam nas margens toleráveis definidas pela empresa. Esta abordagem visa evitar defasagens significativas em relação aos preços internacionais dos derivados.
Na prática, a Petrobras tem mantido a comercialização de combustíveis como a gasolina e o diesel com margens reduzidas, ainda sem descartar lucro. As estratégias do governo, centradas em “abrasileirar” os preços dos combustíveis, objetivam uma maior adaptação da economia nacional às flutuações globais desde a mais recente gestão presidencial.
Por que Adiar o Reajuste dos Preços do Diesel?
O adiamento de um potencial reajuste no preço do diesel andou ganhando força recentemente, principalmente devido às melhorias nas perspectivas econômicas gerais. O mercado tem observado condições mais favoráveis no câmbio e nos preços do Brent, o que possibilita à Petrobras uma prudente postergação na atualização dos preços.