A iniciativa do Banco Central (BC) de barrar o uso das palavras “banco” ou “bank” nos nomes de fintechs tem gerado bastante discussão. A intenção é evitar que consumidores confundam essas instituições com bancos tradicionais, o que pode gerar expectativas inadequadas sobre as suas capacidades e licenças operacionais.
Entretanto, essa proposta foi recebida com críticas por diversos setores, especialmente pelas próprias fintechs. Há preocupações sobre como a mudança pode impactar a competitividade, branding e até a inovação no setor financeiro. Para entender melhor os possíveis efeitos e reações, é crucial observar a motivação do BC e o que isso significa para as fintechs.
Por que o Banco Central quer mudar as regras?
A proposta do Banco Central se fundamenta na premissa de proteger o consumidor de possíveis equívocos a respeito da natureza das instituições financeiras. A intenção é que termos como “banco” ou “bank” sejam usados apenas por instituições que possuam uma licença bancária completa.
Se a medida for implementada, implicaria na alteração em diversos elementos da identidade visual das empresas, como o nome empresarial, o nome fantasia, a marca registrada e até o domínio de internet. Isso visa deixar mais claro ao consumidor o tipo de serviço que a instituição oferece.
Quais são os impactos das mudanças para as fintechs?
Para fintechs que utilizam nomes com os termos “banco” ou “bank”, a adoção dessa norma resultaria em desafios logísticos e financeiros consideráveis. O processo de rebranding inclui custos com a alteração de material de marketing, documentação e até mesmo reconfiguração de seus domínios online.
Empresas como Nubank, PagBank e Stark Bank poderiam ver seus reconhecimentos de marca afetados. Além disso, há uma preocupação de que os consumidores possam migrar para outras instituições com nomes mais reconhecíveis ou familiares, o que traria uma desvantagem competitiva significativa.