Durante a abertura da 36ª SuperMinas Food Show, realizada no Expominas em Belo Horizonte, o governador Romeu Zema (Novo) apontou a falta de mão de obra no setor de comércio e varejo como um problema ligado ao pagamento do Bolsa Família. Em sua fala, Zema destacou que, em Minas Gerais, mais de 1 milhão de pessoas recebem o benefício e, mesmo assim, alegam não ter oportunidades de trabalho.
Zema ressaltou que os supermercados são um dos principais empregadores do estado, com mais de 500 mil funcionários. Desde sua posse em 2019, o governo mineiro registrou quase 1 milhão de novos empregos formais. No entanto, o governador reconheceu a dificuldade enfrentada pelos empresários na hora da contratação.
O chefe do Executivo estadual mencionou que muitos candidatos desistem de vagas ao serem informados sobre a necessidade de trabalhar aos sábados e domingos. “Se você fala que sim, ele já desiste da vaga”, disse Zema, enfatizando que os aspirantes a emprego frequentemente buscam condições que nem sempre são viáveis para o setor produtivo.
Para o final de 2024, os supermercados de Minas Gerais planejam abrir 8 mil vagas temporárias para atender à demanda das festas de Natal e Ano Novo. A Associação Mineira de Supermercados (Amis) prevê um aumento de 7% no consumo das famílias durante esse período festivo.
A declaração do governador provoca debates sobre as relações entre benefícios sociais e a disponibilidade de mão de obra, levantando questões sobre a adequação do mercado de trabalho às necessidades dos trabalhadores.