A NASA está se preparando para a desativação da Estação Espacial Internacional (ISS), a maior estrutura já construída no espaço.
Para isso, a agência espacial norte-americana vai pagar US$843 milhões (aproximadamente R$4,65 bilhões) para que a SpaceX, empresa de Elon Musk, destrua a estação.
Bill Nelson, administrador da NASA, anunciou em 2022 que as atividades da ISS seriam estendidas até 2030.
Após esse período, começa a transição do trabalho desenvolvido no laboratório orbital para estações espaciais comerciais, que ainda serão construídas.
A ISS, um projeto internacional que custou mais de US$200 bilhões, teve seus custos compartilhados entre os Estados Unidos, Canadá, Japão, Rússia e países europeus.
O Processo de Destruição
A SpaceX está encarregada de desenvolver uma nova nave, denominada United States Deorbit Vehicle (USDV).
A função principal desse veículo será “empurrar” as mais de 400 toneladas da ISS de volta para a atmosfera terrestre.
O plano é que o USDV se acople à ISS e a guie até o “cemitério” de espaçonaves no Oceano Pacífico.
Durante a reentrada, a maior parte da estrutura da ISS deverá se incinerar devido ao atrito com a atmosfera, desintegrando-se quase completamente. No entanto, é esperado que alguns detritos espaciais sobrevivam e caiam na Terra.
A operação em si, incluindo todas as etapas de acoplamento e direcionamento da ISS, será gerida e coordenada pela própria NASA.
Esse projeto representa um passo significativo na transição para novas formas de exploração espacial, ao mesmo tempo em que encerra um capítulo histórico da cooperação internacional na órbita terrestre.
A retirada da ISS marca o fim de uma era, mas também abre caminho para novas possibilidades no espaço.