Inserir o CPF na nota fiscal ao comprar medicamentos em farmácias tornou-se uma prática comum devido a programas de benefícios fiscais, como a Nota Fiscal Paulista. Contudo, especialistas recomendam cautela ao fornecer essa informação em farmácias.
Embora o objetivo seja concorrer a prêmios ou acumular créditos fiscais, essa ação pode expor informações pessoais sensíveis.
Ao incluir o CPF na nota, as farmácias compartilham os dados da compra com órgãos fiscais, e planos de saúde ou seguradoras podem ter acesso a essas informações. Isso inclui o tipo de medicamento comprado, o que permite deduzir possíveis condições de saúde, como doenças crônicas.
Essas informações podem ser usadas por planos de saúde para reavaliar o perfil do cliente, resultando em aumentos de mensalidade ou até cancelamento do plano.
Impactos no Plano de Saúde
O fornecimento do CPF na compra de medicamentos pode ser problemático, pois empresas de saúde podem usar esses dados para avaliações de risco.
Se o cliente adquirir regularmente medicamentos caros ou para condições graves, como problemas cardíacos, o plano de saúde pode considerá-lo um cliente de risco, aumentando os custos ou dificultando o acesso ao serviço.
Além disso, para quem ainda não possui um plano de saúde, essas informações podem ser usadas para oferecer planos com valores mais altos, baseados no histórico de medicamentos adquiridos.
Como Proteger Seus Dados
A melhor forma de evitar problemas é simplesmente optar por não fornecer o CPF em compras de farmácias. Isso garante que suas informações de saúde não sejam compartilhadas e usadas de forma indevida.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) assegura que o consumidor tenha mais controle sobre como seus dados são utilizados, garantindo privacidade e segurança.