Antes da implementação do Plano Real, o Brasil enfrentava uma era de hiperinflação. A inflação chegava a níveis superiores a 2.500% ao ano, o que obrigava a população a gastar seus salários rapidamente para evitar a desvalorização do dinheiro.
Os preços dos produtos eram reajustados várias vezes ao dia, especialmente em supermercados, onde os clientes corriam para fazer suas compras antes dos aumentos.
A Hiperinflação e suas Consequências
Nos anos que antecederam o Plano Real, a hiperinflação era a maior preocupação dos brasileiros.
A taxa de inflação diária variava de 2% a 3%, o que correspondia ao índice anual que temos hoje.
Com isso, a prática de fazer compras assim que o salário caía na conta tornou-se comum, pois guardar dinheiro era sinônimo de perda do poder de compra.
As pessoas compravam grandes quantidades de alimentos para evitar os reajustes frequentes de preços.
Geladeiras maiores eram um item popular para armazenar alimentos perecíveis, e o uso de cheques era comum para tentar “proteger” o dinheiro até que fosse descontado.
O Plano Real e a Estabilidade Econômica
Com a chegada do Plano Real, implementado em 1994, o Brasil finalmente conseguiu conter a hiperinflação.
O plano se baseou em três pilares: controle fiscal, indexação ao dólar através da Unidade Real de Valor (URV) e a criação de uma nova moeda, o real.
Diferente de outros planos econômicos fracassados, como o Plano Collor, o Plano Real trouxe transparência e estabilidade, sem confiscos ou congelamento de preços.
Essa nova moeda permitiu que os brasileiros recuperassem o poder de compra e planejassem suas finanças.
A hiperinflação ficou no passado, permitindo uma melhor organização financeira para as famílias.