A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) do Brasil, que abrange o Governo Federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os governos estaduais e municipais, atingiu o patamar de R$ 8,984 trilhões em 2024. Esse montante representa 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Em comparação com 2023, houve um aumento de 2,2 pontos percentuais na relação entre a DBGG e o PIB, quando a dívida era de R$ 8,079 trilhões.
Os dados sobre a variação da dívida foram divulgados no relatório de Estatísticas Fiscais do Banco Central. Esse crescimento reflete as condições econômicas e financeiras que o Brasil enfrenta, destacando a importância de um monitoramento constante das finanças públicas por parte das autoridades fiscais.
Qual é o Impacto na Dívida Líquida do Setor Público?
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) evoluiu para 61,1% do PIB, totalizando R$ 7,2 trilhões em 2024. Comparativamente, houve um aumento de 0,7 pontos percentuais na relação com o PIB em relação ao ano anterior. Esses números demonstram a complexidade da gestão fiscal do Brasil, que deve levar em conta tanto as receitas quanto as despesas públicas para promover o equilíbrio financeiro.
Além da dívida bruta, a dívida líquida é um indicador crucial que reflete a capacidade do setor público de honrar seus compromissos financeiros. O aumento da dívida líquida sugere desafios contínuos para o controle fiscal, especialmente em um cenário econômico global instável.
Déficit Primário: Tendências Recentes
O setor público consolidado do Brasil, composto por estados, União e municípios, registrou um déficit primário de R$ 47,6 bilhões em 2024. Esse valor equivale a 0,4% do PIB, indicando uma redução significativa em comparação ao déficit de R$ 249,1 bilhões observado em 2023. Nos anos anteriores, observou-se a seguinte trajetória do resultado primário:
- 2020: Déficit de R$ 702,9 bilhões
- 2021: Superávit de R$ 64,7 bilhões
- 2022: Superávit de R$ 126 bilhões
- 2023: Déficit de R$ 249,1 bilhões
- 2024: Déficit de R$ 47,6 bilhões