Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma aceleração, alcançando 0,44%, o que representa um aumento significativo em relação ao mês anterior, quando houve uma leve deflação de 0,02%.
A inflação acumulada nos últimos 12 meses subiu para 4,42%, superando os 4,24% registrados anteriormente.
Essa alta está intimamente ligada ao aumento da conta de luz, que se tornou um dos principais fatores de pressão inflacionária.
Impacto da Conta de Luz na Inflação
A energia elétrica foi a “vilã” da inflação em setembro, com um aumento de 5,36% em relação ao mês anterior, impactando diretamente o IPCA em 0,21 ponto percentual.
O acionamento da bandeira tarifária vermelha, que adiciona um custo extra por cada quilowatt-hora consumido, contribuiu significativamente para esse aumento.
Com a expectativa de uma nova elevação nas tarifas em outubro, a inflação pode sofrer um novo golpe, com estimativas de que a conta de luz impacte a inflação em 0,2 ponto percentual.
Expectativas do Mercado
As projeções para a inflação de 2024 continuam a se manter elevadas, com a mediana das expectativas do mercado financeiro em 4,38%.
Especialistas alertam que a pressão inflacionária pode persistir devido à baixa taxa de desemprego, que eleva os salários e, por consequência, a demanda.
O Banco Central deve continuar sua política de aperto monetário, com a expectativa de que a taxa Selic termine o ano em 11,75%, buscando conter a inflação.
Perspectivas Futuras
Embora alguns economistas considerem que a estabilidade nos preços dos combustíveis e a desaceleração nos serviços possam oferecer uma perspectiva de altas mais moderadas na taxa de juros, os riscos inflacionários ainda permanecem altos.
A combinação da alta da conta de luz com a elevação dos preços do petróleo sugere que os desafios econômicos continuarão a se agravar, exigindo atenção constante por parte dos consumidores e do governo.