A Amazon está exigindo que seus funcionários corporativos retornem ao escritório cinco dias por semana, uma mudança significativa em relação à sua política híbrida da era da pandemia, que exige a presença no escritório apenas três dias por semana. O CEO Andy Jassy fez o anúncio sobre a nova política na segunda-feira (16), citando que a mudança ajudará os funcionários a “inventar, colaborar e estar conectados o suficiente entre si e com nossa cultura para oferecer o melhor para os clientes e para o negócio”.
A nova política entra em vigor em 2 de janeiro de 2025. Jassy tem defendido insistentemente o trabalho presencial, afirmando que a presença física melhora a cultura da empresa. Em um memorando anterior de 2023, ele mencionou que “não é simples trazer milhares de funcionários de volta aos nossos escritórios ao redor do mundo, então vamos dar às equipes que precisam fazer esse trabalho algum tempo para desenvolver um plano”. O CEO reafirmou essa posição mais de um ano depois, destacando os benefícios significativos do trabalho no escritório.
Como a nova política de retorno ao escritório impactará os funcionários da Amazon?
De acordo com Jassy, as vantagens de estarem juntos no escritório são múltiplas. Ele observa que “é mais fácil para os colegas de equipe aprender, modelar, praticar e fortalecer nossa cultura; colaborar, fazer brainstorming e inventar são mais simples e eficazes; ensinar e aprender uns com os outros são mais integrados; e as equipes tendem a ser mais conectadas umas às outras”. Essas vantagens fazem parte das justificativas para o retorno completo ao escritório.
Para os funcionários que não seguirem a nova política, isso poderá afetar suas chances de promoção, e exceções para trabalhar em casa estarão sujeitas a uma camada adicional de aprovação da liderança. Em maio de 2023, alguns trabalhadores corporativos protestaram contra a pressão para retornar ao escritório pelo menos três dias por semana, mostrando resistência a essas mudanças.
O que levou à resistência dos funcionários?
No ano passado, a Amazon enfrentou protestos de seus funcionários corporativos na sede em Seattle, principalmente em maio de 2023. Os trabalhadores citaram várias queixas, incluindo a pressão para que retornassem ao escritório. Esse movimento de resistência ocorreu meses depois que a empresa confirmou a demissão de cerca de 27.000 trabalhadores em várias rodadas de cortes, aumentando ainda mais o descontentamento entre os funcionários.
- Resistência ao retorno ao escritório
- Demissões em massa
- Pressão para adaptação às novas políticas
Como outras empresas estão lidando com o retorno ao trabalho presencial?
Embora a Amazon esteja pressionando por um retorno completo ao escritório, a realidade é diferente em várias outras empresas. Nos setores como Wall Street, houve uma ênfase maior em um retorno presencial. No entanto, muitas companhias abandonaram a exigência de trabalho no escritório cinco dias por semana. Segundo uma pesquisa do The Conference Board realizada no início de 2023, apenas 4% dos CEOs dos EUA e do mundo disseram que priorizarão o retorno dos trabalhadores ao escritório em tempo integral.
Isso sugere uma tendência de flexibilidade no local de trabalho, que difere da abordagem rigorosa que a Amazon está adotando. As empresas estão optando por modelos híbridos ou totalmente remotos para manter a satisfação dos funcionários e, ao mesmo tempo, garantir a produtividade.
O impacto da nova política da Amazon
Com a nova política entrando em vigor em janeiro de 2025, ainda é incerto como isso afetará a moral dos funcionários da Amazon a longo prazo. A empresa continuará a monitorar as reações dos trabalhadores e pode ajustar suas políticas se necessário. Entretanto, a decisão de Jassy destaca a importância que a Amazon dá à cultura corporativa e à colaboração presencial.