O cenário econômico brasileiro se tornou ainda mais desafiador, conforme o Banco Central anunciou um aumento na taxa Selic, passando de 12,25% para 13,25%. O comunicado destacou riscos adicionais associados à política econômica do presidente dos EUA, Donald Trump, e suas possíveis repercussões para a inflação e o emprego no Brasil.
Riscos da Política Econômica de Trump
A menção explícita ao impacto negativo da administração Trump na economia brasileira reflete uma preocupação crescente. O Banco Central observou que o baixo índice de desemprego no Brasil poderia resultar em pressões inflacionárias, complicando ainda mais a situação econômica. As projeções de inflação permanecem em 4% para o horizonte relevante, sugerindo que a expectativa de controle inflacionário não está se concretizando.
Cenário Inflacionário e Expectativas
A inflação de serviços está em alta, e o crescimento do PIB está superando a capacidade da economia de crescer sem provocar inflação. A combinação de fatores externos, como a política monetária dos EUA e os gastos governamentais internos, pode levar à desvalorização do real. O Banco Central não forneceu indicações claras sobre futuras decisões de Selic, enfatizando que as ações dependerão do cumprimento das metas de inflação.
Desafios da Política Monetária
O Federal Reserve (Fed) dos EUA, por sua vez, não demonstra pressa em ajustar sua política monetária, mantendo a taxa básica em 4,5%. O presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou a independência da instituição, mesmo diante de pressões políticas. A situação fiscal dos EUA é preocupante, com déficits crescentes e incertezas sobre a política econômica sob a liderança de Trump.