Em setembro de 2024, o Banco Central (BC) registrou um ganho de R$ 19,229 bilhões em operações de swaps cambiais, até o dia 27 do mês.
Embora esse número pareça expressivo, é importante destacar que as operações de swap não visam gerar lucro para o BC.
Elas têm o propósito de estabilizar o mercado de câmbio e proteger a economia contra flutuações bruscas no valor do dólar.
O Que São Operações de Swap?
As operações de swap cambial são uma espécie de derivativo financeiro, cujo objetivo principal é trocar taxas ou rentabilidade de ativos entre agentes econômicos.
No caso do Banco Central, esses contratos funcionam como uma proteção (ou “hedge”) contra variações excessivas do dólar em relação ao real.
Isso significa que, em momentos de alta volatilidade no mercado de câmbio, o BC atua para evitar movimentos disfuncionais que poderiam prejudicar a economia.
Como Funcionam as Operações de Swap?
Nas operações de swap, o BC se compromete a pagar ao detentor do contrato a variação do dólar acrescida de uma taxa de juros, chamada “cupom cambial”.
Em troca, ele recebe a variação da taxa de juros doméstica, representada pela Selic. Quando o real se valoriza frente ao dólar, como ocorreu em setembro, o BC registra ganhos. No entanto, se o dólar se valorizar, o BC arca com perdas.
Apesar do ganho em swaps, o valor das reservas internacionais brasileiras, medido em reais, caiu R$ 61,615 bilhões no mesmo período.
Isso reflete a influência da valorização do real sobre o volume das reservas, uma vez que estas são majoritariamente denominadas em dólares.
Essas operações são fundamentais para manter o equilíbrio do mercado de câmbio e proteger a economia de choques externos.