O Bitcoin (BTC) sofreu uma queda significativa de cerca de 15,8% desde seu recorde histórico no início da semana, atingindo US$ 92.222 nesta sexta-feira (20). Nos últimos 30 dias, a criptomoeda perdeu 10% de seu valor, afetando também outras moedas digitais, como Ethereum (ETH) e Dogecoin (DOGE).
A queda do Bitcoin é atribuída ao enfraquecimento do apetite especulativo, em meio à redução das expectativas sobre um possível afrouxamento monetário nos Estados Unidos. Além disso, o impacto de uma postura mais hawkish do Federal Reserve (Fed), que sinalizou uma política de juros mais rígida, contribuiu para a venda generalizada de ativos de risco.
Um fator adicional que acelerou a queda foi o maior resgate diário de ETFs (fundos de índice) nos EUA. Na quinta-feira, esses fundos, que investem diretamente em Bitcoin, registraram uma saída líquida recorde de US$ 680 milhões, interrompendo uma sequência de 15 dias consecutivos de entradas.
Especialistas apontam que a correção de preços é uma reação natural a um mercado excessivamente otimista. Strahinja Savic, da FRNT Financial, explicou que ajustes como este são comuns em ciclos de alta. Para Chris Weston, do Pepperstone Group, a falta de controle dos compradores sobre os preços indica uma perda de momentum, recomendando cautela no curto prazo.
Apesar da queda, o Bitcoin ainda acumula uma alta de quase 50% desde a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, em novembro. A expectativa é de que o cenário continue instável, com o mercado se ajustando às perspectivas econômicas e às ações do Fed.