Recentemente, o Brasil foi classificado como o quarto país mais estressado do mundo, segundo um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Essa preocupação crescente levanta questões sobre as raízes desse estresse e se ele está relacionado a fatores socioeconômicos, como a pobreza.
O Estresse e seu Contágio
O estresse é uma reação natural do corpo a situações adversas, mas suas implicações vão além do indivíduo. Estudos realizados nos últimos anos indicam que o estresse pode ser “contagioso”.
Pesquisas com camundongos, publicadas na revista “Nature Neuroscience”, revelaram que animais não expostos ao estresse desenvolveram respostas fisiológicas semelhantes àquelas dos que estavam estressados.
Da mesma forma, estudos com humanos mostraram que o estresse pode ser transmitido entre indivíduos que mantêm uma convivência próxima, aumentando os níveis de cortisol e a atividade simpática.
Contextos de Transmissão do Estresse
O ambiente em que vivemos pode amplificar esse fenômeno. Em contextos familiares ou profissionais, a presença de uma pessoa estressada pode influenciar negativamente as demais, criando um ciclo de ansiedade e diminuição da produtividade.
No caso de ambientes de trabalho, um líder estressado pode afetar toda a equipe, exacerbando conflitos e prejudicando o bem-estar coletivo.
O Papel da Pobreza
A pobreza é um fator que contribui significativamente para os altos índices de estresse. Com 5,8% da população brasileira vivendo abaixo da linha da pobreza, o Brasil ocupa a segunda posição entre os países do G20 nesse aspecto, perdendo apenas para a Índia.
As dificuldades financeiras e a insegurança econômica podem intensificar o estresse, levando a um agravamento da saúde mental e física da população.
Para mitigar os efeitos do estresse, especialistas sugerem práticas como a identificação e regulação das emoções, a meditação e o fortalecimento de redes de apoio.
Além disso, é essencial criar ambientes de trabalho saudáveis que promovam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.