O endividamento público global continua a crescer a passos largos, e o Brasil ocupa uma posição de destaque entre os países com maior dívida. De acordo com estimativas do FMI, a dívida pública mundial alcançará 93% do PIB global até o fim de 2024, sinalizando um alerta sobre a sustentabilidade econômica de várias nações.
No Brasil, a relação entre dívida pública e PIB é de 84,68%. Embora o país não esteja no topo da lista mundial, como Japão (251,9%) e Grécia, o cenário brasileiro é delicado. A dívida é resultado de déficits fiscais recorrentes e um crescimento econômico abaixo do esperado, o que limita os investimentos em áreas essenciais, como saúde e educação.
O país enfrenta um grande desafio para equilibrar suas contas públicas sem comprometer esses serviços vitais. Reformas estruturais, como ajustes na previdência e na tributação, são vistas como passos necessários para reverter essa situação.
A experiência internacional oferece lições importantes. Países como Singapura, apesar de uma dívida/PIB elevada (168,3%), conseguem manter estabilidade devido à gestão estratégica de suas finanças públicas. Por outro lado, nações como o Sudão enfrentam um quadro ainda mais grave devido à instabilidade política, o que agrava sua situação econômica.
Para o Brasil, a adoção de políticas econômicas que promovam crescimento sustentável e reformas fiscais pode ser a chave para enfrentar a crise do endividamento. O país tem potencial para superar esses obstáculos, mas mudanças estruturais são urgentes.