O Brasil dá passos importantes no setor de mineração de terras raras, destacando-se como alternativa viável ao domínio chinês. A mineradora Serra Verde, localizada em Goiás, lidera essa iniciativa com planos de produção anual de 5 mil toneladas até 2026, consolidando o país como um potencial fornecedor estratégico para os mercados dos Estados Unidos e aliados ocidentais.
China: Líder no Mercado de Terras Raras
Atualmente, a China domina a mineração e o refino de terras raras, sendo responsável por 70% da extração global e 90% da capacidade de processamento, segundo o US Geological Survey. Em 2023, o país asiático produziu cerca de 240 mil toneladas desses materiais, essenciais para tecnologias avançadas, como turbinas eólicas, veículos elétricos e equipamentos militares. Essa concentração de mercado preocupa os EUA e outros países, que buscam diversificar suas fontes de suprimento.
Serra Verde: O Papel do Brasil no Mercado Global
A Serra Verde é uma das principais apostas brasileiras para desafiar o monopólio chinês. A empresa já recebeu US$ 150 milhões em investimentos de grupos internacionais, como a Denham Capital e a Vision Blue Resources Ltd., e planeja expandir sua capacidade produtiva. Além disso, está em negociação para novas rodadas de financiamento e avalia uma segunda fase de crescimento que poderia dobrar sua produção até 2030.
Os avanços da Serra Verde foram reconhecidos pela Minerals Security Partnership, uma coalizão de 14 países que visa garantir cadeias de suprimento seguras para minerais críticos. Essa colaboração reforça o papel estratégico do Brasil na mineração global, especialmente em um cenário de crescente demanda por terras raras, impulsionada pela transição energética e eletrificação da indústria automotiva.