O mercado de TV por assinatura no Brasil enfrentou um declínio significativo em 2024, conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O setor encerrou o ano com 9,3 milhões de assinantes, um número que, à primeira vista, pode parecer elevado, mas que representa uma queda acentuada em relação aos anos anteriores.
Para se ter uma ideia da magnitude dessa redução, o número de assinantes em 2024 representa uma diminuição de 21% em comparação ao final de 2023. Quando comparado ao pico de 19,6 milhões de assinantes em 2014, a queda é ainda mais drástica, atingindo 52,7%. Esse cenário reflete uma mudança nos hábitos de consumo dos brasileiros, impulsionada pelo crescimento das plataformas de streaming e por fatores econômicos.
Quais Fatores Contribuíram para a Queda?
Especialistas apontam que o avanço das plataformas de streaming, como Max, Netflix e Prime Video, desempenhou um papel crucial na diminuição das assinaturas de TV paga. Essas plataformas oferecem uma ampla variedade de conteúdos sob demanda, o que atrai consumidores em busca de flexibilidade e personalização.
Além disso, questões econômicas também influenciaram essa mudança. Com a necessidade de reduzir despesas, muitos consumidores optaram por cancelar suas assinaturas de TV paga, optando por alternativas mais acessíveis e diversificadas oferecidas pelos serviços de streaming.
Distribuição Regional e Operadoras Dominantes
A distribuição das assinaturas de TV paga no Brasil é majoritariamente concentrada na região Sudeste, que detém 61,4% do total. Outras regiões apresentam a seguinte distribuição: Nordeste com 16,6%, Sul com 13%, Centro-Oeste com 5% e Norte com 4%.
O mercado é dominado por cinco principais operadoras, que juntas representam 96% das assinaturas. A Claro lidera com 51,1%, seguida pela Sky com 28,8%, Vivo com 8,5%, Oi com 7% e Ibipar com 0,6%. Esses números destacam a concentração do mercado em poucas empresas.