O Chile desponta como exemplo global ao reduzir drasticamente o uso do carvão em sua matriz energética. Em uma década, o país diminuiu a participação desse combustível fóssil de 50% para 15,8% na geração de eletricidade, com planos ambiciosos de eliminá-lo completamente até 2030.
O Caminho da Transição Energética
No início da década passada, o carvão era a principal fonte de energia do Chile, oferecendo uma solução barata e confiável para a geração de eletricidade. No entanto, seu impacto ambiental preocupava ambientalistas e comunidades locais, especialmente na região da Patagônia. Em resposta, o governo chileno implementou medidas inovadoras para acelerar a transição energética, destacando-se como pioneiro em países em desenvolvimento.
Entre as iniciativas, um imposto sobre carbono foi essencial. Essa medida aumentou os custos associados à geração de energia a carvão, tornando a operação de usinas menos atrativa. Além disso, novos padrões de emissões encareceram em 30% a construção de instalações movidas a combustíveis fósseis.
Aposta em Energias Renováveis
Com políticas públicas claras e investimentos em energia limpa, o Chile diversificou sua matriz energética. Atualmente, 66,8% da eletricidade vem de fontes renováveis, com destaque para a energia solar (20,9%) e eólica (12,8%). Essa transição não apenas reduziu a dependência do carvão, mas também posicionou o país como líder global na integração de tecnologias fotovoltaicas.
Os parques solares e eólicos mostraram-se mais econômicos a longo prazo, apesar de desafios iniciais, como os subsídios concedidos em 2022 para estabilizar os preços da energia durante a transição.
Até 2030, o Chile planeja fechar todas as suas usinas a carvão, consolidando sua matriz energética baseada em fontes limpas. Especialistas afirmam que a experiência chilena é um modelo replicável em outros países emergentes, provando que crescimento econômico e sustentabilidade podem coexistir.