O lado oculto da Lua, que não é visível para quem está na Terra, pode guardar segredos fascinantes. Missões espaciais estão empenhadas em desvendar esses mistérios.
Recentemente, a missão chinesa Chang’e-6 trouxe amostras lunares coletadas dessa região para a Terra, onde serão analisadas detalhadamente nos próximos meses ou até anos.
O lado oculto da Lua sempre fica voltado para longe da Terra, devido ao movimento síncrono do satélite, que leva o mesmo tempo para girar em torno do seu eixo e para orbitar nosso planeta.
Esse fenômeno faz com que apenas um lado da Lua seja visível da Terra. O lado oculto, por sua vez, apresenta uma superfície geológica distinta, repleta de crateras e com poucas planícies basálticas, conhecidas como mares.
A exploração humana dessa região é um desafio devido à sua dificuldade de observação. A primeira sonda não tripulada a pousar no lado oculto da Lua foi a Chang’e-4, em 2019.
Mais recentemente, em 2024, o módulo lunar Chang’e-6 também pousou nesta área, trazendo amostras importantes para estudo..
Importância das Amostras da Chang’e-6
No dia 1º de junho de 2024, a sonda lunar Chang’e-6 pousou na Bacia do Polo Sul-Aitken e recolheu amostras da superfície lunar.
Após retornar à Terra, essas amostras foram levadas à Academia Chinesa de Ciências para análise.
Pela primeira vez, os cientistas têm acesso a material do lado oculto da Lua, permitindo um estudo mais aprofundado sobre a evolução da Lua e outros corpos celestes no Sistema Solar.
A China, junto com os Estados Unidos, planeja enviar missões tripuladas à Lua nos próximos anos, com o objetivo de estabelecer uma base lunar. Entender a geologia e identificar os melhores locais para essa base é essencial.