Após a recente alta de 1 ponto percentual na taxa Selic, o Brasil voltou a ocupar o segundo lugar no ranking mundial de juros reais. A projeção para os próximos 12 meses indica uma taxa de 9,48%.
O país ultrapassou a Rússia, que liderava essa posição até novembro. Apenas a Turquia, com uma taxa superior, permanece à frente do Brasil. Esses dados foram compilados pela consultoria MoneYou e revelam a importância das decisões econômicas do Banco Central (BC) no cenário global.
O Impacto da Alta da Selic
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC de aumentar a Selic para 12,25% ao ano reflete uma estratégia de controle da inflação. Ao descontar a inflação, a taxa real de juros alcançada pelo Brasil, de 9,48%, coloca o país em uma posição de destaque, atrás apenas da Turquia, como mencionado no relatório do economista Jason Vieira. A elevação da Selic visa combater a pressão inflacionária e tentar garantir maior estabilidade econômica no curto e médio prazo.
Comparação com Outros Países
Embora o Brasil ocupe a segunda posição no ranking de juros reais, em termos de juros nominais, o país ocupa a quarta posição. Esse dado coloca o Brasil ao lado de economias com mercados emergentes, como a Venezuela, que lidera a lista de juros nominais com uma taxa de 59,30%.
No entanto, a taxa de juros reais da Argentina é de apenas 0,07%, uma situação bastante diferente da do Brasil, destacando a complexidade das políticas monetárias em diferentes países da América Latina.