Recentemente, o serviço de correio dos Estados Unidos anunciou a suspensão temporária da recepção de pacotes internacionais originários da China. Este movimento pode impactar significativamente varejistas de comércio eletrônico, como Shein e AliExpress, que dependem de remessas transnacionais para atender clientes globais. No entanto, cartas e correspondências simples não sofrerão alterações com esta medida.
A decisão representa um novo desafio para empresas de venda online que têm expandido rapidamente suas operações internacionais. Após o anúncio, o mercado respondeu com queda nas ações de varejistas chinesas em bolsas asiáticas. A Alibaba, por exemplo, registrou um declínio de mais de 2% em Hong Kong, enquanto a JD.com viu suas ações caírem mais de 5%.
Qual o impacto da suspensão nos Correios dos EUA?
Nos últimos anos, varejistas asiáticas vêm buscando diversificar suas rotas de entrega para minimizar a dependência do correio americano. Ainda assim, o volume de correspondências internacionais gerenciado pelo serviço postal dos EUA diminuiu drasticamente, passando de mais de 600 milhões em 2017 para menos de 200 milhões em 2022. Essa redução demonstra uma adaptação do setor em busca de alternativas que possam atenuar possíveis impactos negativos de medidas como a atual suspensão.
O que motivou a suspensão dos pacotes?
A decisão de interromper temporariamente o recebimento de pacotes da China veio logo após a revogação por Donald Trump de uma regra que isentava pacotes pequenos, com valor até US$ 800, de tarifas aduaneiras. Esta mudança faz parte de um novo pacote de tarifas sobre produtos chineses, intensificando as tensões comerciais entre os países. A alteração cria desafios adicionais para o Serviço Postal americano, que, conforme observações de analistas, precisa lidar com o volume diário de cerca de 4 milhões de pacotes isentos durante o pico de 2024.
Como os varejistas estão lidando com as novas diretrizes?
Diante desse cenário, os varejistas estão se concentrando em diversificar suas operações logísticas. Estão explorando outras rotas e serviços de entrega para garantir que a experiência do consumidor permaneça intacta e os tempos de entrega não sejam afetados. Além disso, plataformas como o AliExpress e Shein continuam a ajustar suas estratégias de mercado para minimizar riscos e custos associados às novas tarifas.