Em um movimento estratégico, a Cosan, sob a liderança do bilionário Rubens Ometto, decidiu vender sua participação na mineradora Vale. Essa decisão marca o fim de sua incursão no setor de mineração, um passo tomado principalmente para ajustar suas finanças em meio a um cenário econômico desafiador. Ao todo, foram vendidas 173 milhões de ações, gerando uma transação estimada em quase R$ 9 bilhões.
A Cosan adquirira originalmente uma participação de 5% na Vale em 2022, a um preço de R$ 66,70 por ação. No entanto, ao anunciar a venda das ações em novembro de 2024, o preço estava em torno de R$ 52,6 por ação. Esta diferença reflete o ambiente econômico mais amplo e as pressões financeiras enfrentadas pela empresa.
Por que a Cosan Optou pela Venda?
Com taxas de juros elevadas e uma redução nos lucros derivados de seus negócios de açúcar e etanol, a Cosan encontrava dificuldades para equilibrar suas finanças. Ometto destacou a importância de manter uma “disciplina financeira”, permitindo que a companhia continuesse a crescer sem comprometer sua estabilidade financeira. Assim, a decisão de vender as ações da Vale foi tomada.
Além de aliviar as dívidas, a solução possibilita uma reestruturação mais focada nos negócios principais de energia e logística. Mesmo com essa redução, as ações da Cosan (CSAN3) mostraram um leve aumento, subindo 1,30% na B3 em São Paulo, enquanto a Vale (VALE3) também registraram um tímido crescimento de 0,10%.
Quais os Próximos Passos para a Cosan?
A venda da participação na Vale é vista como um passo inicial na reformulação das finanças da empresa. A nomeação de Marcelo Martins como CEO, também integra uma estratégia mais abrangente de reformulação administrativa. Sob sua gestão, a empresa busca explorar novas oportunidades de negócios, sem o ônus adicional de uma participação significativa em uma companhia de mineração.