O dólar fechou a segunda-feira (16) em alta, atingindo R$ 6,092, um novo recorde histórico, mesmo após o Banco Central (BC) vender US$ 1,6 bilhão em um leilão. Essa foi a terceira intervenção consecutiva do BC no câmbio, a maior desde março de 2020. A venda de dólares não impediu a alta da moeda, que chegou a operar a R$ 6,10 pela manhã, mas terminou o dia em R$ 6,092.
Impacto no Mercado Acionário
O mercado acionário também enfrentou dificuldades. O Ibovespa caiu 0,84%, fechando aos 123.560 pontos, o nível mais baixo desde junho deste ano. Esse desempenho negativo reflete a incerteza dos investidores sobre o cenário econômico, especialmente com a expectativa da divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que dará detalhes sobre a alta dos juros.
Cenário Econômico e Preocupações com a Credibilidade Fiscal
Especialistas destacam o crescente pessimismo em relação à credibilidade das políticas fiscal e monetária do governo. A desvalorização dos ativos brasileiros está ligada à incerteza sobre a postura da nova diretoria do Banco Central e à percepção de que as recentes medidas fiscais são insuficientes para estabilizar a dívida pública.
Esse cenário cria um ciclo negativo, no qual a falta de confiança leva à venda de ativos e à queda dos preços, sem perspectivas de medidas mais fortes por parte do governo.O ambiente de instabilidade no mercado reflete as dificuldades que o Brasil enfrenta para equilibrar suas políticas fiscais e monetárias em um momento de alta do dólar e expectativas de juros mais elevados.