Em sua primeira entrevista após a vitória eleitoral, Donald Trump causou alvoroço ao declarar que consideraria abandonar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se os aliados dos Estados Unidos não pagassem suas contribuições de forma justa. O presidente eleito ressaltou que os países membros da aliança devem tratar os EUA com mais equidade para evitar a saída da organização.
Trump também fez uma promessa que impactaria diretamente os filhos de imigrantes nascidos nos Estados Unidos. O republicano afirmou que tentaria acabar com a cidadania por nascimento, um direito garantido pela Constituição americana. De acordo com o presidente eleito, a mudança poderia ser realizada por meio de um decreto executivo, o que daria ao governo a autoridade para revogar esse direito sem passar pelo Congresso.
A proposta também incluiria a deportação de imigrantes em situação irregular, o que geraria ainda mais incertezas para famílias de imigrantes no país. A notícia representa um retrocesso para as políticas de imigração e gera preocupação em comunidades que dependem dessa cidadania para garantir direitos fundamentais nos Estados Unidos.
Trump também falou sobre sua reunião com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, no final de novembro. Os dois discutiram questões de segurança global, especialmente as ameaças representadas pelo fortalecimento dos laços entre a Rússia e a Coreia do Norte, além da crescente aproximação entre China, Irã e Rússia, países acusados de apoiar a guerra da Rússia contra a Ucrânia.
A declaração de Trump deve intensificar o debate sobre imigração e relações internacionais, deixando um impacto negativo sobre muitos imigrantes que têm filhos nascidos nos EUA.