O governo brasileiro está considerando uma reformulação significativa no Auxílio-Gás, que atualmente concede R$102 bimestrais a 5,6 milhões de famílias.
Essa mudança pode substituir o pagamento em dinheiro pela entrega direta de botijões de gás de 13 kg, ajustando o benefício conforme o tamanho de cada família e ampliando o alcance para mais beneficiários.
Como Será o Novo Formato do Auxílio-Gás?
No modelo proposto, ao invés do repasse bimestral de R$102, o governo passaria a distribuir botijões de gás para famílias cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico) e com renda per capita de até meio salário mínimo.
Esse novo formato visa a uma maior eficiência no uso dos recursos e no controle da distribuição, permitindo que mais famílias sejam beneficiadas.
Além disso, o número de botijões será limitado conforme o número de membros da família, garantindo que núcleos familiares maiores recebam uma quantidade proporcionalmente maior.
A expectativa é que essa mudança torne o programa mais acessível, beneficiando até 20 milhões de famílias até o final de 2025.
Financiamento e Expansão do Programa
Para viabilizar a expansão do Auxílio-Gás, que espera atender um público quatro vezes maior, o governo planeja destinar recursos provenientes do pré-sal.
Estima-se que os custos aumentem de R$3,5 bilhões em 2023 para R$13,6 bilhões em 2026.
O financiamento fora do orçamento federal busca evitar pressão no teto de gastos, o que tem sido motivo de debate entre especialistas.
Discussão no Congresso
O projeto ainda passa por ajustes e discussões no Congresso, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu a retirada da urgência para aprimorar o modelo.
O objetivo é assegurar que o novo formato seja eficiente e alcance um maior número de famílias de baixa renda.
A proposta final será debatida entre o governo e diversos setores, com foco em atender melhor às necessidades dos beneficiários.