Dar presentes no Natal é uma tradição que ultrapassa gerações, mas por que fazemos isso? Especialistas explicaram que o ato de presentear possui raízes profundas nas culturas humanas e é um comportamento que fortalece os relacionamentos.
De acordo com o antropólogo Marcel Mauss, a troca de presentes é baseada em três ações interligadas: dar, receber e retribuir. “Presentear estabelece virtudes como generosidade e honra”, explica Mauss, que observou que, ao receber um presente, a pessoa também demonstra sua disposição para aceitar a homenagem. Esse ciclo de dar e receber cria um vínculo entre as pessoas, sustentado pela reciprocidade.
Além disso, psicólogos observam que o prazer de dar um presente é um prazer intrínseco. Em muitas culturas, como no catolicismo e no budismo, presentear também é uma forma de expressar valores morais como amor e gratidão.
No entanto, a prática de presentear no Natal, embora ligada a um comportamento ancestral, tem sido questionada em tempos modernos. Um estudo da Gallup prevê que os consumidores americanos gastem, em média, US$ 1.014 com presentes de fim de ano em 2024. Parte desses itens, no entanto, acaba sendo descartada, o que levanta a discussão sobre o consumismo excessivo.
Para muitos especialistas, um presente mais significativo, como algo feito à mão ou uma experiência personalizada, pode ter um valor muito maior do que um item produzido em massa. “Presentear de forma atenciosa e pessoal fortalece os laços e expressa respeito e consideração genuína”, conclui a reflexão sobre o ato de dar presentes.