A recente queda na taxa de juros trouxe mudanças significativas ao cenário dos investimentos em renda fixa. Mas será que ainda é vantajoso investir no Tesouro Direto? Daniel Teles, especialista da Valor Investimentos, responde a essa questão.
Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, após a última atualização ocorrida na quarta-feira, 8. Esta taxa é crucial para determinar a atratividade dos investimentos em títulos públicos.
Apesar da queda nos juros, o Tesouro Direto continua sendo uma opção atrativa. Um exemplo é o Tesouro Prefixado 2031, que oferece uma rentabilidade de 11,73% na plataforma direta de negociação. Segundo Daniel Teles, “mesmo com a redução dos juros, esse ativo ainda paga quase 1% ao mês”.
Além da rentabilidade, o Tesouro Direto é conhecido pela sua segurança, sendo considerado o título mais seguro do país.
Outro benefício é a liquidez diária, permitindo que os investidores possam vender seus títulos no mercado secundário a qualquer momento, sem a necessidade de esperar até o vencimento.
Rentabilidade do Tesouro Selic
Com a Selic em 10,50% ao ano, a rentabilidade dos títulos atrelados a ela diminui um pouco. Para exemplificar, Daniel Teles calcula que um investimento de R$10 mil no Tesouro Selic hoje renderia aproximadamente R$11.050 em um ano.
Embora o Tesouro Direto seja uma opção sólida, não é a única disponível. A queda na taxa de juros impulsionou o DI futuro, tornando títulos prefixados especialmente atrativos.
Exemplos de investimentos prefixados fora do Tesouro Direto incluem LCIs e LCAs, CDBs, CRIs e CRAs. Teles menciona que “há opções rendendo até acima de 1% ao mês, o que corresponde a cerca de 14,5% ao ano”.
Títulos de inflação também merecem destaque, com alguns oferecendo rendimentos de até IPCA +6%. Esses títulos podem ser tanto de crédito privado quanto público, como o Tesouro IPCA+.