No século XIX, o aventureiro francês Orélie-Antoine de Tounens proclamou a criação do Reino de Araucânia e Patagônia, uma suposta nação independente localizada na região da Patagônia, no sul da América do Sul. Tounens se autointitulou rei e começou a vender títulos de nobreza e propriedades em nome desse “país”, atraindo a atenção de investidores desavisados.
Um esquema baseado em falsas promessas
Tounens alegava ter recebido apoio de líderes indígenas mapuches para legitimar seu reinado, embora não existam evidências concretas de que isso tenha ocorrido. Utilizando documentos que ele próprio elaborou, iniciou a comercialização de terras fictícias para pessoas que acreditavam no potencial econômico da região. O esquema foi sustentado por estratégias que misturavam charme pessoal, documentos oficiais falsificados e uma narrativa convincente.
Como a farsa foi sustentada por décadas
Apesar de ser considerado uma fraude por historiadores, Tounens conseguiu manter a ilusão de legitimidade por meio de estratégias sofisticadas. Ele angariou apoiadores na Europa, publicou declarações oficiais e usou a mídia da época para reforçar sua história. Mesmo sendo expulso do território da Araucânia por autoridades chilenas, continuou a promover seu “reino” até sua morte.
A riqueza acumulada pelo “rei”
A habilidade de Tounens em criar um reino fictício e comercializar suas terras fez com que acumulasse uma considerável fortuna. O aventureiro viveu confortavelmente até o fim da vida, financiado por aqueles que acreditaram em sua narrativa. A história de Tounens se tornou um dos exemplos mais emblemáticos de exploração baseada em falsidade.
O legado de Orélie-Antoine de Tounens
Embora tenha sido desacreditado historicamente, a trajetória de Tounens continua sendo objeto de estudos sobre golpes e fraudes. Seu caso levanta discussões sobre a vulnerabilidade de pessoas diante de narrativas bem estruturadas e a importância de verificar a autenticidade de propostas antes de investir.