Um estudo recente divulgado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que quase metade da população adulta brasileira está inadimplente.
Em novembro de 2024, 68,62 milhões de brasileiros tinham dívidas em atraso, representando 41,51% da população adulta. O número aumentou 1,48% em relação ao mesmo período de 2023 e 0,89% em comparação a outubro deste ano.
Faixa Etária Mais Impactada
A inadimplência afeta mais intensamente pessoas entre 30 e 39 anos, que correspondem a 23,6% dos inadimplentes, somando 16,93 milhões de pessoas. Além disso, quase metade dos brasileiros dessa faixa etária (49,82%) tem restrições em seu CPF. Outro dado relevante aponta que as mulheres lideram levemente a inadimplência, representando 51,16% dos casos.
Principais Setores de Dívidas
O setor bancário é o principal responsável pelas dívidas dos inadimplentes, concentrando 65,26% dos registros. Em seguida, aparecem o comércio (10,46%) e os serviços de água e luz (10,01%). Em média, cada inadimplente possui débitos de R$ 4.510,82 distribuídos entre cerca de duas empresas credoras.
Perspectivas para Redução da Inadimplência
Apesar do cenário alarmante, há expectativa de uma leve melhora no final do ano. O pagamento do 13º salário pode ajudar a reduzir os índices de inadimplência, proporcionando um alívio temporário para muitos consumidores.
Reflexos na Economia
A inadimplência em níveis elevados reflete a fragilidade econômica do país e a dificuldade de grande parte da população em equilibrar o orçamento. Especialistas alertam que medidas mais amplas, como educação financeira e maior controle de crédito, são necessárias para promover mudanças duradouras.