O governo brasileiro decidiu manter o valor do Bolsa Família em R$ 600 para 2025, conforme anunciado pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias. Este valor incluirá adicionais para crianças, gestantes e lactantes, garantindo uma média de R$ 680 mensais para aproximadamente 20 milhões de beneficiários.
A medida ocorre em um contexto de discussão sobre um forte reajuste do salário mínimo, que não está relacionado diretamente ao Bolsa Família. Dias enfatizou que o atual valor é suficiente para atender às necessidades básicas das famílias, com o objetivo de preservar o poder de compra e expandir o número de beneficiários do programa.
A manutenção do valor é justificada por três pilares principais: a inflação controlada, a adequação do valor para garantir o acesso a itens essenciais e a intenção de aumentar o número de famílias atendidas com os mesmos recursos. Entretanto, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 prevê um corte de R$ 2,3 bilhões no orçamento do Bolsa Família, totalizando R$ 167,2 bilhões, o que implica um valor mensal de R$ 13,91 bilhões.
A revisão cadastral rigorosa implementada em 2023, que resultou na exclusão de 3,3 milhões de beneficiários que recebiam o auxílio indevidamente, continuará em 2025. Essa ação visa assegurar que o programa beneficie apenas as famílias que realmente precisam, priorizando aqueles com direito ao auxílio.
Os pagamentos do Bolsa Família seguem normalmente, com o calendário de outubro já em andamento, enquanto o governo mantém um monitoramento constante da inflação. Caso ocorram aumentos significativos nos custos de itens essenciais, a decisão sobre o valor poderá ser reavaliada.
