A portabilidade do saldo devedor do cartão de crédito rotativo, que entrou em vigor em 1º de julho de 2024, ainda enfrenta resistência por parte da maioria dos grandes bancos do Brasil. A medida visa permitir que clientes transfiram suas dívidas para instituições que ofereçam melhores condições de pagamento, de forma gratuita. No entanto, um levantamento do g1 revelou que muitos bancos não estão aceitando essa portabilidade.
Caixa, Nubank, Banco do Brasil e Itaú Unibanco afirmaram que estão transferindo dívidas, mas não aceitam portabilidade de outras instituições. O Santander não se pronunciou, enquanto o Bradesco confirmou estar realizando a portabilidade, sem detalhar seu processo.
A portabilidade foi determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para facilitar o pagamento das dívidas, que costumam ter taxas elevadas. Em agosto de 2024, a taxa média de juros do rotativo alcançou 14,85%, em contraste com os 9,02% do parcelado.
Apesar da regulamentação, os bancos não são obrigados a aceitar a portabilidade, pois isso pode representar um risco financeiro elevado. Além disso, a falta de interesse das instituições e a complexidade do processo podem estar dificultando a adesão por parte dos consumidores.
Para aqueles que enfrentam dificuldades com suas dívidas, a recomendação é procurar os Procons locais ou órgãos de defesa do consumidor. Outra alternativa é renegociar a dívida com o banco atual, buscando opções com taxas de juros menores.
A portabilidade, embora ofereça a possibilidade de condições mais favoráveis, ainda não se concretizou como uma solução efetiva para muitos brasileiros.