Em um evento recente em São Paulo, o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, trouxe à tona uma discussão crucial sobre o futuro econômico do Brasil.
Em sua fala, ele criticou a decisão do governo Lula e do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de aumentar impostos como estratégia para fomentar o crescimento.
Guedes enfatizou que o país enfrenta uma escolha fundamental: crescer por meio do aumento da carga tributária ou alavancar a iniciativa privada.
Uma Janela de Oportunidades
Guedes acredita que o Brasil está em um momento propício para crescimento, especialmente no que diz respeito à transição energética.
Segundo ele, o país está pronto para aproveitar as oportunidades que se apresentam, mas para isso, é necessário fazer escolhas estratégicas.
“O Brasil arremete todos os dias contra ele mesmo, mas a janela de oportunidades se abriu”, afirmou.
O ex-ministro alertou que, ao invés de depender do Estado, o país deveria direcionar seus esforços para a iniciativa privada, promovendo um ambiente favorável para investimentos e inovação.
O Fim da Ordem Liberal
Durante sua intervenção, Guedes também refletiu sobre o estado atual da ordem liberal global, afirmando que esta chegou ao fim, especialmente após eventos como a guerra comercial entre EUA e China, a pandemia de COVID-19 e o conflito entre Rússia e Ucrânia.
Para ele, essa mudança de cenário impactou a produção globalizada e as cadeias de suprimento. “Não podemos mais ficar expostos àquela região (China)”, disse, sugerindo que o Brasil deve buscar parcerias com “países amigos”, como a Índia, que, segundo ele, é a “China de amanhã”.
Futuro Político e Econômico
A presença de Guedes no debate econômico reacendeu a especulação sobre seu futuro político, especialmente após comentários do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que afirmou que aceitaria uma indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro para que Guedes retornasse ao governo.
Atualmente, Guedes lidera o conselho da Legend Capital, onde está encarregado de reestruturações corporativas, mostrando que seu papel na economia continua relevante, mesmo fora do governo.