Em junho de 2009, o cenário televisivo brasileiro presenciou uma grande mudança: Gugu Liberato, o saudoso apresentador falecido em 2019, assinava um contrato milionário com a Record. Com um salário mensal estipulado em R$ 3,5 milhões, essa transferência foi mais do que uma mudança de emprego; representou um novo capítulo na guerra pela audiência entre grandes emissoras.
Antes mesmo de seu desligamento definitivo do SBT, Gugu já enfrentava mudanças em seu programa “Domingo Legal”, que passou a ser transmitido ao meio-dia, ajuste feito para que Silvio Santos ocupasse o horário vespertino até a noite. Essas mudanças foram apenas o prelúdio de uma série de desafios que Gugu enfrentaria em seu novo lar televisivo.
Por que Gugu decidiu mudar para a Record?
O principal atrativo para Gugu Liberato na RecordTV era, sem dúvida, a proposta financeira robusta, mas não se limitava a isso. A promessa de uma estrutura melhor e mais liberdade criativa em seus projetos também foram decisivos. Esses elementos convergiram para que o apresentador visse a oferta da Record como uma oportunidade de ouro para revitalizar sua carreira e possivelmente superar os números de audiência do seu antigo mentor, Silvio Santos.
As dificuldades de Gugu na nova emissora
A transição para a Record, no entanto, não foi tão suave quanto esperado. Gugu Liberato encontrou obstáculos significativos, desde críticas pela alta remuneração até desafios com os formatos de programação. Internamente, questionamentos surgiram, particularmente de setores ligados à Igreja Universal, o que gerou uma certa tensão sobre a viabilidade de seus elevados custos operacionais.
Ademais, apesar dos férteis investimentos iniciais, o público não reagiu como previsto, e seu programa foi progressivamente remanejado para horários menos privilegiados. Essas mudanças, naturalmente, afetaram a performance de audiência do apresentador, que não conseguiu replicar o sucesso anteriormente vivenciado no SBT.
Qual foi o desfecho da jornada de Gugu na Record?
O acordo com a Record, que tinha potencial para uma longa parceria, infelizmente teve um fim precoce. Em junho de 2013, apenas quatro anos após o início do contrato, as partes concordaram em encerrar a parceria. O custo elevado para manter o programa de Gugu, somado a desafios de audiência, culminou em uma rescisão contratual cuja multa superou a marca dos R$ 100 milhões. Curiosamente, parte dessa quantia foi compensada com a transferência de um helicóptero para o apresentador.