O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu a avaliação negativa dos indicadores econômicos a campanhas de difamação promovidas por oponentes políticos nas redes sociais.
Segundo ele, o governo enfrenta um desafio comunicacional significativo. “Nós temos uma oposição que atua para minar a credibilidade das instituições, dos dados oficiais, do Estado brasileiro, e eles atuam diuturnamente nas redes sociais”, afirmou Haddad.
Ele fez essa análise durante uma sabatina no congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
Impacto da Desinformação na Percepção Econômica
Respondendo à jornalista Miriam Leitão, Haddad explicou que a piora na avaliação da economia, conforme mostrado na última pesquisa Quaest, apesar dos indicadores positivos de emprego e inflação, é resultado de uma estratégia de desinformação.
“As últimas investigações dão conta da quadrilha que estava no poder”, comentou, referindo-se à oposição política.
Haddad destacou que essas campanhas de fake news têm sido um obstáculo significativo para a recuperação da credibilidade econômica.
Haddad também criticou a gestão fiscal anterior, referindo-se à pandemia e às eleições de 2022 como momentos de caos fiscal. Segundo ele, houve um uso inadequado dos recursos do Tesouro para benefícios eleitorais, o que complicou a situação fiscal do país.
Ele destacou que essas ações prejudicaram a estabilidade econômica e aumentaram os desafios para o atual governo.
Em resposta às críticas sobre a isenção de impostos sobre a carne, Haddad afirmou que a função do Ministério da Fazenda é enviar ao Congresso propostas tecnicamente responsáveis, mesmo que sejam derrotadas.
“Todas as exceções acabam prejudicando de alguma maneira a reforma tributária, porque a alíquota vai subir”, disse, destacando que a discussão no Senado será crucial para o avanço das reformas.