O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião emergencial com ministros para tratar das recentes mudanças anunciadas pela Meta, empresa que controla Facebook, Instagram e WhatsApp. A decisão de Mark Zuckerberg de encerrar o sistema de checagem de fatos em suas plataformas e implementar um mecanismo de moderação feito por usuários gerou preocupação no governo, que vê a medida como um incentivo à disseminação de fake news.
Mudanças na Meta e Seus Impactos
Na última terça-feira (7), Zuckerberg anunciou o fim da checagem profissional de informações, substituindo-a pelas “notas da comunidade”. Essa ferramenta, já utilizada no X (antigo Twitter), permite que os próprios usuários moderem conteúdos, levantando temores sobre a eficácia na contenção de desinformação. Além disso, o CEO da Meta fez declarações polêmicas que indicam resistência a leis nacionais e decisões judiciais, citando um conceito distorcido de “liberdade de expressão”.
As alterações também incluem novas diretrizes que, na prática, flexibilizam regras relacionadas a discursos preconceituosos. Isso gerou críticas de especialistas e autoridades sobre o impacto dessas mudanças na democracia e nos direitos humanos.
Reunião para Defesa da Soberania Digital
Diante desse cenário, Lula reuniu ministros como Rui Costa (Casa Civil), Juscelino Filho (Comunicações) e Jorge Messias (AGU) para discutir estratégias de proteção à soberania digital brasileira. Entre os tópicos abordados está a regulamentação das redes sociais, tema que já vinha sendo discutido no Congresso Nacional, mas que agora ganha caráter de urgência.
Lula criticou duramente a postura da Meta, afirmando que a comunicação digital deve ter a mesma responsabilidade jurídica que outros meios. O ministro Jorge Messias reforçou a posição do governo, declarando que o Brasil não aceitará ações que desrespeitem suas leis e promovam ataques à democracia.