De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), aproximadamente 77% das novas vagas com carteira assinada criadas até julho de 2024 foram preenchidas por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Destes novos empregos, 73% foram ocupados por beneficiários do Bolsa Família, o que representa 56% do total.
Em termos absolutos, quase 1,2 milhão de postos de trabalho foram ocupados por indivíduos de famílias de baixa renda ao longo deste ano, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Este levantamento inclui apenas empregos registrados na CLT.
Apesar dessa inclusão no mercado de trabalho, muitos beneficiários do Bolsa Família podem continuar recebendo o auxílio devido à “Regra de Proteção”, uma iniciativa do MDS. Esta regra permite que as famílias que experimentaram um aumento na renda mensal superior a R$ 218 por pessoa mantenham o benefício por até 24 meses, desde que o incremento não ultrapasse meio salário mínimo por pessoa. Entretanto, essas famílias recebem 50% do valor normal do Bolsa Família durante este período.
No último mês de julho, 2,8 milhões de famílias estavam cobertas pela Regra de Proteção. É importante notar que nem todas as famílias inscritas no CadÚnico recebem o Bolsa Família, já que o CadÚnico abrange uma gama mais ampla de famílias de baixa renda, incluindo aquelas com renda de até meio salário mínimo por pessoa.
O MDS ainda não divulgou a porcentagem exata de inscritos no CadÚnico e beneficiários do Bolsa Família que estão no mercado de trabalho formal, deixando uma lacuna na análise completa do impacto desses programas.