As autoridades mexicanas e norte-americanas focam em manter um diálogo contínuo sobre questões econômicas cruciais. Em um recente encontro na Casa Branca, a discussão central girou em torno do fortalecimento das cadeias de suprimentos regionais, um ponto de grande importância para a economia dos envolvidos.
Além disso, o tema da rastreabilidade dos investimentos estrangeiros também foi abordado, visando garantir que tais investimentos sejam sustentáveis e favoráveis para todas as partes envolvidas. O vice-ministro do Comércio Exterior do México, Luis Rosendo Gutierrez, expressou a importância de tais discussões como preparatórias para a próxima revisão do pacto comercial entre EUA, México e Canadá, o USMCA, programada para 2026.
Início das Consultas Públicas e Revisão do USMCA
A reunião também tratou do início das consultas públicas que antecedem a revisão do USMCA. Esta revisão é um processo esperado e discutido desde a implementação inicial do pacto, visando atualizações que sejam benéficas para os três países participantes. A ideia é que, mediante consultas públicas, seja possível colher uma gama mais ampla de opiniões e sugestões para aperfeiçoar o acordo.
Por enquanto, segundo Gutierrez, as tarifas não foram o foco das discussões. A prioridade recai sobre a construção de um entendimento e intercâmbio permanente de informações entre as partes, a fim de criar uma base sólida antes de abordar questões tarifárias mais complexas.
Compromissos Adicionais e Desafios Diplomáticos
No âmbito diplomático, o diálogo entre os países não é novo e tem ainda abordado outros temas sensíveis, como o combate às drogas e à imigração. Para que tais esforços se traduzam em ações eficazes, o México comprometeu-se a enviar 10 mil soldados da Guarda Nacional à fronteira, como parte de uma estratégia mais ampla de segurança e cooperação.
Esse acordo segue a ameaça inicial do então presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 25% ao México e ao Canadá. A ameaça foi adiada após a aceitação desses compromissos adicionais, permitindo que os países explorassem formas de cooperação mais colaborativa e menos conflituosa.