O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou que a fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol deve ser concluída apenas em 2026. O processo está sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que levará cerca de 12 meses para avaliar a proposta. Durante uma entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”, da EBC, o ministro destacou que as empresas estão atualmente enviando a documentação necessária para a análise.
Reuniões e Monitoramento
Silvio Costa Filho mencionou que já houve reuniões com os presidentes da Azul, Gol e Latam, e que uma nova reunião com o diretor-presidente do Cade está programada para a próxima semana. O objetivo é acompanhar o progresso do processo e garantir que todas as etapas sejam cumpridas de forma eficiente.
Durante a entrevista, o ministro deixou claro que o governo não aceitará aumentos nos preços das passagens aéreas. Ele acredita que a fusão entre as duas companhias poderá reduzir os custos operacionais, o que, em última análise, beneficiará os consumidores. Costa Filho afirmou que a união permitirá uma melhor governança, possibilitando compras em maior escala, como motores de avião e insumos, resultando em economia de custos.
Manutenção das Marcas
O grupo Abra, controlador da Gol e da Avianca, assinou um memorando de entendimento com a Azul, prevendo que ambas as companhias manterão suas marcas e certificados operacionais de forma independente. Isso significa que, mesmo após a fusão, as marcas Azul e Gol continuarão a existir, preservando a identidade de cada uma.
Além da fusão, o ministro também abordou a importância do programa Voa Brasil, que oferece passagens aéreas a preços acessíveis para aposentados. Embora o programa tenha alcançado seu melhor resultado de vendas em janeiro, apenas 1% dos assentos disponíveis foram vendidos.