Durante reuniões em Washington, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a inflação brasileira deve fechar 2024 dentro da meta, mesmo com um recente repique.
Segundo Haddad, o aumento dos índices inflacionários está mais relacionado a fatores como câmbio e seca do que ao aumento da atividade econômica. Ele destacou que o teto da meta, de 4,5%, deve ser respeitado até o final do ano.
Fatores de Pressão e Núcleos de Inflação
Os núcleos de inflação, que desconsideram itens voláteis como alimentos in natura e energia, registraram uma alta, mas Haddad acredita que o impacto é temporário.
Em outubro, o IPCA-15, prévia da inflação oficial, atingiu 0,54%, pressionado pela tarifa de energia em bandeira vermelha nível 2 e pelo aumento nos preços dos alimentos. Nos últimos 12 meses, o índice acumulou 4,47%, próximo ao teto da meta.
Diálogo com Agências de Classificação de Risco
Em paralelo, Haddad reuniu-se com representantes da S&P Global, uma das principais agências de classificação de risco, para discutir as projeções econômicas de médio e longo prazo do Brasil.
A visita reforça o comprometimento do governo com a estabilidade econômica e busca manter a confiança internacional.
Haddad e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, retornam ao Brasil nesta sexta-feira, após o evento do FMI sobre economia global e mudanças climáticas.